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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Biografia Vinicios de Morais

O biógrafo de Vinicius, José Castello, autor do excelente livro "Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão - uma biografia" nos diz que o poeta foi um homem que viveu para se ultrapassar e para se desmentir. Para se entregar totalmente e fugir, depois, em definitivo. Para jogar, enfim, com as ilusões e com a credulidade, por saber que a vida nada mais é que uma forma encarnada de ficção. Foi, antes de tudo, um apaixonado — e a paixão, sabemos desde os gregos, é o terreno do indomável. Daí porque fazer sua biografia era obra ingrata.

Dele disse Carlos Drummond de Andrade: "Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural".  "Eu queria ter sido Vinicius de Moraes". Otto Lara Resende assim o definiu: "Manuel Bandeira viveu e morreu com as raízes enterradas no Recife. João Cabral continua ligado à cana-de-açúcar. Drummond nunca deixou de ser mineiro. Vinicius é um poeta em paz com a sua cidade, o Rio. É o único poeta carioca". Mas ele dizia nada mais ser que "um labirinto em busca de uma saída". 

O que torna Vinicius um grande poeta é a percepção do lado obscuro do homem. E a coragem de enfrentá-lo. Parte, desde o princípio, dos temas fundamentais: o mistério, a paixão e a morte. Quando deixa a poesia em segundo plano para se tornar show-man da MPB, para viver nove casamentos, para atravessar a vida viajando, Vinicius está exercendo, mais que nunca, o poder que Drummond descreve, sem conseguir dissimular sua imensa inveja: "Foi o único de nós que teve a vida de poeta".

Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes aos nove anos de idade parece que pressente o poeta: vai, com a irmã Lygia ao cartório na Rua São José, centro do Rio, e altera seu nome para Vinicius de Moraes. Nascido em 19-10-1913, na Rua Lopes Quintas, 114 — bairro da Gávea, na Cidade Maravilhosa, desde cedo demonstra seu pendor para a poesia. Criado por sua mãe, Lydia Cruz de Moraes, que, dentre outras qualidades, era exímia pianista, e ao lado do pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, poeta bissexto, Vinicius cresce morando em diversos bairros do Rio, infância e juventude depois contadas em seus versos, que refletiam o pensamento da geração de 1940 em diante.

Em 1916, a família muda-se para a rua Voluntários da Pátria, 129, no bairro de Botafogo, passando a residir com os avós paternos, Maria da Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes.

No ano seguinte mudam-se para a rua da Passagem, 100, no mesmo bairro. Nasce seu irmão Helius. Com a irmão Lydia, passa a freqüentar a escola primária Afrânio Peixoto, à rua da Matriz.

Em 1920, por disposição de seu avô materno, é batizado na maçonaria, cerimônia que lhe causaria grande impressão.

Após três outras mudanças, em 1922 a família transfere-se para a Ilha do Governador, na praia de Cocotá, 109-A.

Faz sua primeira comunhão na Matriz da rua Voluntários da Pátria, no ano seguinte.

Em 1924, inicia o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, na rua São Clemente. Começa a cantar no coro do colégio nas missas de domingo, criando fortes laços de amizade com seus colegas Moacyr Veloso Cardoso de Oliveira e Renato Pompéia da Fonseca Guimarães, este sobrinho de Raul Pompéia. Participa, como ator, em peças infantis.

Torna-se amigo dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajóz, em 1927, com os quais começa a compor. Com eles, e alguns colegas do colégio, forma um pequeno conjunto musical que atua em festinhas, em casas de famílias conhecidas.

Compõe, no ano seguinte, com os irmãos Tapajóz, "Loura ou morena" e "Canção da noite", que têm grande sucesso.  Nessa época, namora invariavelmente todas as amigas de sua irmã Laetitia.

A família volta a morar na rua Lopes Quintas em 1929, ano em que Viniciusbacharela-se em Letras no Santo Inácio. No ano seguinte entra para a faculdade de Direito da rua do Catete, sem vocação especial. Defende tese sobre a vinda de d. João VI para o Brasil, para ingressar no "Centro Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais" (CAJU), tornando-se amigo de Otávio de Faria, San Thiago Dantas, Thiers Martins Moreira, Antônio Galloti, Gilson Amado, Hélio Viana, Américo Jacobina Lacombe, Chermont de Miranda, Almir de Andrade e Plínio Doyle. 

Em 1931, entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).

Forma-se em Direito e termina o Curso de Oficial da Reserva, em 1933. Estimulado por Otávio de Faria, publica seu primeiro livro, O caminho para a distância, na Schimidt Editora.

Forma e exegese, seu livro de poesias lançado em 1935, ganha o prêmio Felipe d'Oliveira.

Em 1936, substitui Prudente de Moraes Neto como representante do Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica. Publica, em separata, o poema "Ariana, a mulher". Conhece o poeta Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, dos quais se torna amigo.

Em 1938, é agraciado com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, para onde parte em agosto daquele ano. Trabalha como assistente do programa brasileiro da BBC. Conhece, então, na casa de Augusto Frederico Schmidt, o poeta e músico Jayme Ovalle, de quem se tornaria um dos maiores amigos. Instado por outro grande amigo, Otávio de Faria, a se tornar um poeta mais com os pés no chão, e não o "inquilino do sublime" como, então, o chamou, lança Novos Poemas. Seguindo esta mesma linha, são lançados, posteriormente, Cinco Elegias, em 1943, e Poemas, Sonetos e Baladas, escrito em 1946, que já começam a  mostrar o poeta sensual e lírico, mas, como ele próprio disse, um "poeta do cotidiano".

No ano seguinte, casa-se por procuração com Beatriz Azevedo de Mello. No final desse ano, retorna ao Brasil devido à eclosão da II Grande Guerra. Parte da viagem é feita em companhia de Oswald de Andrade.

O ano de 1940 marca o nascimento de sua primeira filha, Suzana. Torna-se amigo de Mário de Andrade.

Estréia como crítico de cinema e colaborador no Suplemento Literário do jornal "A Manhã", em companhia de Cecília Meireles, Manuel Bandeira e Afonso Arinos de Melo Franco, sob a orientação de Múcio Leão e Cassiano Ricardo, em 1941.

Em 1942, nasce seu filho Pedro. Favorável ao cinema silencioso, Vinicius inicia um debate sobre o assunto com Ribeiro Couto, que depois se estende à maioria dos escritores brasileiros mais em voga, e do qual participam Orson Welles e madame Falconetti. A convite do então prefeito de Belo Horizonte (MG), Juscelino Kubitschek, chefia uma caravana de escritores brasileiros àquela cidade, onde se liga por amizade a Hélio Pelegrino, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino e Otto Lara Resende.  Juntamente com Rubem Braga e Moacyr Werneck de Castro, inicia a roda literária do Café Vermelhinho, no Rio de Janeiro, à qual se misturam a maioria dos jovens arquitetos e artistas plásticos da época, como Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Afonso Reidy, Jorge Moreira, José Reis, Alfredo Ceschiatti, Santa Rosa, Pancetti, Augusto Rodrigues, Djanira e Bruno Giorgi, entre outros. Conheceu a escritora argentina Maria Rosa Oliveira e, através dela, Gabriela Mistral. Freqüenta as domingueiras na casa de Aníbal Machado. Ainda nesse ano, faz extensa viagem ao Nordeste do Brasil acompanhando o escritor americano Waldo Frank, a qual muda radicalmente sua visão política, tornando-se um antifacista convicto. Na estada em Recife, conhece o poeta João Cabral de Melo Neto, de quem se tornaria, depois, grande amigo.

No ano seguinte, ingressa, por concurso, na carreira diplomática. Publica Cinco Elegias em edição mandada fazer por Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Otávio de Faria.

Dirige, em 1944, o Suplemento Literário de "O Jornal", onde lança, entre outros, Pedro Nava, Francisco de Sá Pires, Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Marcelo Garcia e Lúcio Rangel, em colunas assinadas, e publica desenhos de artistas plásticos até então pouco conhecidos, como Athos Bulcão, Maria Helena Vieira da Silva, Alfredo Ceschiatti, Carlos Scliar, Eros (Martin) Gonçalves e Arpad Czenes.

Em 1945, um grande susto: sofre grave desastre de avião na viagem inaugural do hidro "Leonel de Marnier", perto da cidade de Rocha, no Uruguai. Em sua companhia estão Aníbal Machado e Moacyr Werneck de Castro. Colabora com vários jornais e revistas, como articulista e crítico de cinema. Escreve crônicas diárias para o jornal "Diretrizes". Faz amizade com o poeta chileno Pablo Neruda.

No ano de 1946, assume seu primeiro posto diplomático: vice-consul do Brasil em Los Angeles, Califórnia (USA). Ali permanece por quase cinco anos, sem retornar ao seu país. Publica, em edição de luxo, com ilustrações de Carlos Leão, seu livro, Poemas, sonetos e baladas.
Vinicius, amante da sétima arte, inicia seus estudos de cinema com Orson Welles e Gregg Toland.  Lança, com Alex Viany, a revista Film, em 1947.

Em 1949, João Cabral de Melo Neto tira, em sua prensa manual, em Barcelona, uma edição de cinqüenta exemplares de seu poema Pátria Minha.
Visita o poeta Pablo Neruda, no México, que se encontrava gravemente enfermo. Ali conhece o pinto Diogo Siqueiros e reencontra o pintos Di Cavalcanti. Morre seu pai. Volta ao Brasil, em 1950.

No ano seguinte, casa-se, pela segunda vez, com Lila Maria Esquerdo e Bôscoli. A convite de Samuel Wainer, começa a colaborar no jornal "Última Hora", como cronista diário e posteriormente crítico de cinema. 

Em 1952, é nomeado delegado junto ao Festival de Punta del Este, fazendo paralelamente sua cobertura para "Última Hora". Terminado o evento, parte para a Europa, encarregado de estudar a organização dos festivais de cinema de Cannes, Berlim, Locarno e Veneza, no sentido da realização do Festival de Cinema de São Paulo, dentro das comemorações do IV Centenário da cidade. Em Paris, conhece seu tradutor francês, Jean Georges Rueff, com quem trabalha, em Estrasburgo, na tradução de suas  Cinco Elegias. Sob encomenda do diretor Alberto Cavalcanti, com seus primos Humberto e José Francheschi, visita, fotografa e filma as cidades mineiras que compõem o roteiro do Aleijadinho, com vistas à realização de um filme sobre a vida do escultor.

Em 1953, nasce sua filha Georgiana. Compõe seu primeiro samba, música e letra, "Quando tu passas por mim". Faz crônicas diárias para o jornal "A Vanguarda" e colabora no tablóide semanário "Flan", de "Última Hora". Parte para Paris como segundo secretário de Embaixada. Escreve Orfeu da Conceição, obra que seria premiada no Concurso de Teatro do IV Centenário da Cidade de São Paulo no ano seguinte, e que teve montagem teatral em 1956, com cenários de Oscar Niemeyer. Posteriormente transformada em filme (com o nome de Orfeu negro) pelo diretor francês Marcel Camus, em 1959, obteve grande sucesso internacional, tendo sido premiada com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e com o Oscar, em Hollywood, como o melhor filme estrangeiro do ano. Nesse filme acontece seu primeiro trabalho com Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim).

Sai da primeira edição de sua Antologia Poética. A revista "Anhembi" publicaOrfeu da Conceição, em 1954.

No ano seguinte, compõe, em Paris, uma série de canções de câmara com o maestro Cláudio Santoro.  Começa a trabalhar para o produtor Sasha Gordine, no roteiro do filme Orfeu negro. Volta ao Brasil em curta estada, buscando obter financiamento para a realização do filme. Diante do insucesso da missão, retorna a Paris em fins de dezembro.

Em 1956, retorna à pátria, no gozo de licença-prêmio. Nasce sua filha, Luciana. A convite de Jorge Amado, colabora no quinzenário "Para Todos", onde publica, na primeira edição, o poema O operário em construção. A peçaOrfeu da Conceição é encenada no Teatro Municipal, que aparece também em edição comemorativa de luxo, ilustrada por Carlos Scliar. As músicas do espetáculo são de autoria de Antônio Carlos Jobim, dando início a uma parceria que, tempos depois, com a inclusão do cantor e violonista João Gilberto, daria início ao movimento de renovação da música popular brasileira que se convencionou chamar  de bossa nova. Retorna ao posto, em Paris, no final do ano.

Publica Livro de Sonetos, em edição de Livros de Portugal, em 1957. É transferido da Embaixada em Paris para a Delegação do Brasil junto à UNESCO. No final do ano é transferido para Montevidéu, regressando, em trânsito, ao Brasil.

Em 1958, sofre um grave acidente de automóvel. Casa-se com Maria Lúcia Proença. Parte para Montevidéu. Sai o LP "Canção do amor demais", de músicas suas com Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizete Cardoso. No disco ouve-se, pela primeira vez, a batida da bossa nova, no violão de João Gilberto, que acompanha a cantora em algumas faixas, entre as quais o samba "Chega de saudade", considerado o marco inicial do movimento.

1959 marca o lançamento do LP "Por toda a minha vida", de canções suas com Jobim, pela cantora Lenita Bruno. Casa-se sua filha Susana.

No ano seguinte, retorna à Secretaria de Estado das Relações Exteriores. Em novembro, nasce seu neto Paulo. Sai a segunda edição de sua Antologia Poética, uma edição popular da peça Orfeu da Conceição  e Recette de femme et autres poèmes, tradução de Jean-Georges Rueff.

Começa a compor com Carlos Lyra e Pixinguinha. Aparece Orfeu negro, em tradução italiana de P. A. Jannini, em 1961.

Dá início à composição de uma série de afro-sambas, em parceria com Baden Powell, entre os quais "Berimbau" e "Canto de Ossanha". Com Carlos Lyra, compõe as canções de sua comédia musicada Pobre menina rica. Em agosto desse ano, 1962, faz seu primeiro show, que obteve grande repercussão, ao lado de Jobim e João Gilberto, na boate "Au Bon Gourmet", iniciando a fase dos "pocket-shows", onde foram lançados grandes sucessos internacionais como "Garota de Ipanema" e "Samba da benção". Na mesma boate, faz apresentação com Carlos Lyra para apresentar "Pobre menina rica", ocasião em que é lançada a cantora Nara Leão. Compõe, com Ary Barroso, as últimas canções do grande mestre da MPB, como "Rancho das Namoradas". É lançado o livro Para viver um grande amor. Grava, como cantor, um disco com a atriz e cantora Odete Lara.

Em 1963, inicia uma parceria que produziria grandes sucessos com Edu Lobo. Casa-se com Nelita Abreu Rocha e retorna a Paris, assumindo posto na Delegação do Brasil junto à UNESCO.

No início da revolução de 1964, retorna ao Brasil e colabora com crônicas semanais para a revista "Fatos e Fotos", ao mesmo tempo em que assinava crônicas sobre música popular para o "Diário Carioca". Começa a compor com Francis Hime. Com Dorival Caymmi, participa de show muito sucesso na boate Zum-Zum, onde lança o Quarteto em Cy. Desse show é feito um LP.

1965 marca o lançamento de Cordélia e o peregrino, em edição do Serviço de Documentação do Ministério de Educação e Cultura. Ganha o primeiro e segundo lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record, em canções de parceria com Edu Lobo e Baden Powell. Parte para Paris e St. Maxime para escrever o roteiro do filme "Arrastão". Indispõem-se com o diretor e retira suas músicas do filme. Parte de Paris para Los Angeles a fim de encontrar-se com Jobim. Muda-se de Copacabana para o Jardim Botânico, à rua Diamantina, 20. Começa a trabalhar no roteiro do filme "Garota de Ipanema", dirigido por Leon Hirszman. Volta ao show com Caymmi, na boate Zum-Zum.

No ano seguinte é lançado o livro Para uma menina com uma flor. São feitos documentários sobre o poeta pelas televisões americana, alemã, italiana e francesa. Seu "Samba da benção", em parceria com Baden Powell, é incluído, em versão do compositor e ator Pierre Barouh, no filme "Un homme... une femme", vencedor do Festival de Cannes do mesmo ano. Vinicius participa do juri desse festival.

Em 1967, sai a sexta edição de sua Antologia Poética e a segunda de Livro de Sonetos (aumentada). Faz parte do júri do Festival de Música Jovem, na Bahia. Ocorre a estréia do filme "Garota de Ipanema". É colocado à disposição do governo de Minas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto.

Falece sua mãe, em 25 de fevereiro de 1968. Aparece a primeira edição de suaObra Poética. Seus poemas são traduzidos para o italiano por Ungaretti.

Em 1969, é exonerado do Itamaraty. Casa-se com Cristina Gurjão, com quem tem uma filha chamada Maria. 

No ano seguinte, casa-se com a atriz baiana Gesse Gessy. Inicia parceria com o violonista Toquinho.

Em 1971, muda-se para Salvador, Bahia. Viaja pela Itália, numa espécie de auto-exílio. No ano seguinte, com Toquinho, lança naquele país o LP "Per vivere un grande amore". 

A Pablo Neruda é lançado em 1973. Trabalha, no ano seguinte, no roteiro, não concretizado, do filme "Polichinelo". Participa de show com Toquinho e a cantora Maria Creuza, no Rio. Confirmando os boatos de que o governo o perseguia, excursiona pela Europa e grava dois discos na Itália com Toquinho, em 1975.

Em 1976, novo casamento, agora com Marta Rodrigues Santamaria. Escreve as letras de "Deus lhe pague", em parceria com Edu Lobo.

Participa de show na casa de espetáculos "Canecão", no Rio, com Tom Jobim, Toquinho e Miúcha.  Grava um LP em Paris, com Toquinho, em 1977.

No ano seguinte, excursiona com Toquinho pela Europa. Casa-se com Gilda de Queirós Matoso.

Em 1979, participa de leitura de poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), a convite do líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião. Perdem-se, na ocasião, os originais de Roteiro lírico e sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
No dia 17 de abril de 1980, é operado para a instalação de um dreno cerebral. Morre, na manhã de 09 de julho, de edema pulmonar, em sua casa na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher. Extraviam-se os originais de seu livro O deve e o haver.
Lançado postumamente, no  Livro de Letras, publicado em 1991, estão mais de 300 letras de músicas de autoria de Vinícius, com melodias suas e de um sem número de compositores, ou parceirinhos, como carinhosamente os chamava.  

Em 1992, é lançado um livro que hibernou anos junto ao poeta: Roteiro Lírico e Sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde Nasceu, Vive em Trânsito e Morre de Amor o Poeta Vinicius de Moraes.
No ano seguinte, uma coletânea de poesias é publicada no livro As Coisas do Alto - Poemas de Formação, mostrando a processo de formação do poeta, que é uma descida do topo metafísico à solidez do cotidiano.

Em 1996, é lançado livro de bolso com o título Soneto de Fidelidade e outros poemas, a preços populares. Essa publicação fica diversas semanas na lista dos mais vendidos, o que vem mostrar que mesmo após 16 anos de seu desaparecimento, sua poesia continuava viva entre nós.

Em 2001, a industria de perfumes Avon lança a "Coleção Mulher e Poesia - por Vinicius de Moraes", com as fragrâncias "Onde anda você", "Coisa mais linda", "Morena flor" e "Soneto de fidelidade".

Inconstante no amor (seus biógrafos dizem que teve, oficialmente, 09 mulheres), um dia foi questionado pelo parceiro Tom Jobim: "Afinal, poetinha, quantas vezes você vai se casar?".

Num improviso de sabedoria, Vinicius respondeu: "Quantas forem necessárias."

No dia 08/09/2006, é homenageado pelo governo brasileiro com sua reintegração post mortem aos quadros do Ministério das Relações Exteriores, ocasião em que foi inaugurado o "Espaço Vinicius de Moraes" no Palácio do Itamaraty - Rio de Janeiro (RJ).

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

No dia 11 de agosto de 2012

Aconteceu a festa da familia no colegio Sao Paulo de Belo Horizonte, nesse dia especial teve diverssas brincadeiras, oficinas, apresntaçoes e ... Estam perguntando se ninguem registrou o acontecido ? E ninguem foi entrevistado ? Voce se enganou porque os alunos dos 6º anos ficaram encarregados dessa tarefa que foi dividida em grupos vamos ver o que os " reportes " : Sávio, Thiago Amado, Daniel Caetano, André Lucas e João Lucas Quintão  fizeram.

  "Hoje dia 11 de agosto de 2012 esta acontecendo a festa da familia no colegio Sao Paulo de Belo Horizonte nesse dia especial temos que entrevistar nossa querida diretora Ir.Lenize "

  " Bom dia Ir. Lenize, como vai a senhora "  "Bom dia , eu vou bem e voces ? "

  "Bom dia , eu vou bem e voces ? "

  " Bem "

  " Hoje irma nos do 6 º ano A estamos realizando um trabalho com o tema noticia que é a materia discutida em sala de aula com a professora Maria de Lourdes e gostariamos de entrevistar a sra.! Voce poderia nos ceder esse tempinho ?"

  " Claro"

 " Qual é a iniciativa da festa da familia ? "

" A iniciativa da festa da familia e reunir a familia de nossos alunos "

" O que a sra. esta achando da festa ? "

" Estou achando bacana as apresentações, as oficinas "

 " Obrigado, Ir. pela atenção ! "

 "Nada, tchau "

 " Tchau "

feito por:Sávio,thiago A,Daniel,André

Escrito por :Sávio

Circuito fechado

Sinal,restaurante, moto ,banco, ladrão, adivogado, politico, roubo,transito, carro,lixo.droga,farmacia, e,prego , pobre ...

Pin

Este livro PIN  é bastante divertido ,cheio de suspense , emocão diversas para se divertir, com a hitória escrita por Evandro ,um autor muito bom ,por causa digo para vocês ,lerem o livro e se aventurar nessa história.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

biogarafia de Walcyr Carrasco


Walcyr Carrasco nasceu em 1º de dezembro de 1951 em Bernardino de Campos, São Paulo. Dos 3 aos 15 anos, morou em Marília, onde cursou o primeiro e segundo graus. Mudou-se então para São Paulo e estudou no antigo Colégio de Aplicação da USP, famoso por suas bem-sucedidas experiências educacionais. Formou-se em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP.

Por muitos anos, trabalhou como jornalista nos principais órgãos de imprensa do país (nas revistas Veja e IstoÉ e nos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Diário Popular), ao mesmo tempo em que iniciava a carreira de escritor com histórias para a revista infantil Recreio.

Aos 28 anos, publicou seu primeiro livro - QUANDO MEU IRMÃOZINHO NASCEU. Viriam depois muitos outros, incluídos aí os infanto-juvenis VIDA DE DROGA (Editora Ática), A CORRENTE DA VIDA (Editora Moderna), O SELVAGEM (Editora Global), as traduções e adaptações de clássicos da literatura como OS MISERÁVEIS (Editora FTD), A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS (Editora FTD), CONTOS DE ANDERSEN (Editora Manole) e outros, que lhe valeram diversas menções de "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Entre suas obras voltadas ao público adulto estão a autobiografia EM BUSCA DE UM SONHO (Editora Moderna) - sobre como escolheu sua profissão -, PEQUENOS DELITOS (Editora Bestseller), A SENHORA DAS VELAS (Editora Arx) e também o recente ANJO DE QUATRO PATAS (Editora Gente), em que conta momentos engraçados e comoventes que dividiu com seu fiel companheiro, o cão Uno.

Também autor de teatro, o primeiro texto de Walcyr a ganhar os palcos foi a comédia de costumes O TERCEIRO BEIJO. Entre as peças de sua autoria estão ATÉ QUE O SEXO NOS SEPARE, com Fúlvio Stefanini, eÊXTASE, que teve no elenco Caco Ciocler, Daniel de Oliveira e Rosane Gofman e pela qual recebeu o Prêmio Shell de Melhor Autor.

Na televisão, começou sua carreira com a série JOANA, com Regina Duarte, no SBT. É autor também de memoráveis novelas como XICA DA SILVA(na extinta TV Manchete), O CRAVO E A ROSA (Rede Globo), A PADROEIRA (Rede Globo), CHOCOLATE COM PIMENTA (Rede Globo), SETE PECADOS (Rede Globo) e ALMA GÊMEA (Rede Globo).

Tamanha produção rendeu a ele não apenas sucesso e reconhecimento, mas também a cadeira número 14 na Academia Paulista de Letras. Atualmente, escreve livros, peças de teatro e novelas para televisão. Adora cozinhar e pintar. E também seus bichos - tem três cachorros e dois gatos.

No Momento
Walcyr Carrasco escreve uma crônica quinzenal na revista Veja São Paulo e a novela CARAS & BOCAS, que vai ao ar às 19 horas, de segunda a sábado, pela Rede Globo.

A LENDA DA GAROTA

      Em uma cidadezinha qualquer ocorria tudo normalmente mininos jogando bola na rua vazia raramente passava um carro .Com isto havia varias lendas ,era de custuma contalas a lus da fogueira ,os garotos que olviam voltavam sempre amedrontados por causa da lenda.
      certo dia os garotos ,Juca, Gabriel,e os irmões Zé e Jusé eo novato Marcos,Marcos que ia contar a lenda dele no dia ,depois da lenda os garotos ficaram amedrontados e decidiram e dormir Marcos ia dar uma volta e chamou os garotos eles não queriam ,pois estavam com sono Marcos foi filmando tudo exeto a parte que deixou o celular caír ,então voltou para dormir.
      Já de manhã os garotos foram ver a filmagem mas na filmagem havia uma garota aparente-mente da mesma idade , os garotos ficaram com medo e voltaram para cidade e foram a escola ma s havia algo errado na sala não havia ninguem só a garota da filmagem,des de então ninguem nunca mais viu os garotos.

FEIURINHA texto negritado e separado


Feiurinha

ESCRITOR: É difícil explicar como fui me meter nessa história. Naquela época eu era apenas um autor iniciante com idéias de sobra observado de tudo, por isso é tão difícil entender como fui me meter nessa roubada que não tinha nada haver com minha história.
O engraçado é que eu me meti no meio da confusão, mas não no meio de historia nenhuma. Sabia, que na verdade eu fui me meter mesmo é no final de todas as histórias dos contos de fadas!
 Você se lembra não é? Quase todas as histórias antigas que você leu terminava dizendo que a princesa se casava com aquele belo e elegante príncipe encantado, e pronto... Iria viver feliz para sempre. Mas o que significa “viver feliz para sempre”? Significa casar, ter filhos, engordar e reunir a família no domingo pra comer macarronada? Então, é viver nenhuma aventura?
Não é possível que os heróis e heroínas, ficaram de bobeira depois que a história acabou né?
Bom, no entanto foi mais ou menos assim que aconteceu:

NARRADORA: Era uma vez, há muitos, muitos anos atrás, uma senhora de cabelos negros como ébano, onde já apareciam alguns fios brancos como a neve, bem da cor da pele dela, que era tão branquinha!
O nome da tal senhora era Branca Encantado, pois já que casou com um príncipe, recebeu seu sobrenome.
Dona branca estava com uma barriga enorme, esperando o seu sétimo filho, para que o  sétimo anão possa  ser padrinho e também ia fazer vinte e cinco anos que estava casada com o príncipe, ou seja, fazer bodas de prata.
Feliz com tudo isso ela tricotava um casaquinho para o novo principezinho.  Quando Caio, o lacaio entrou apresentando a Chapeuzinho Vermelho, a grande amiga de Dona Branca:

CAIO, LACAIO: Alteza, a senhorita Vermelho acaba de chegar e pede...

BRANCA DE NEVE: Chapeuzinho? Que ótimo! Peça para ela entrar Caio, rápido!

NARRADORA: Chapeuzinho invejosa estava por ter visto Branca grávida e claro que iria fazer bodas de prata! E ela? Como sempre INCALHADA!

BRANCA DE NEVE: Chapéu, há quanto tempo! Como vai a vovozinha?

CHAPEUZINHO: Branca, querida!

NARRADORA: As duas deram três beijinhos uma na face da outra, como era de costume.

CHAPEUZINHO: Minha amiga Branca, por que esses olhos tão grandes?

BRANCA DE NEVE: Chega dessa história Chapéu!

CHAPEUZINHO: Ah... quer disser...é que estou sempre lembrando da minha historia é tão linda pena só tem um defeito o escritor esqueceu de colocar um príncipe para mim! É um absurdo!!
NARRADORA: Chapeuzinho  não parava de pensar nos príncipes das princesas, e ela até que quis se casar com o caçador, mas ele? NEM LIGOU!
 BRANCA DE NEVE: Até que sua história é legal, mas a minha que na verdade é linda de verdade, ela tem amor.... (olhava para seu esposo)  e pura magia!

CHAPEUZINHO: Questão de gosto, querida, puro gosto!

NARRADORA: Chapeuzinho sentou-se confortavelmente, colocou a cestinha ao lado pegou um sanduíche se pós a comer ofereceu um maçã para branca, e logo ela respondeu que não comia. Pois sua história havia maçãs envenenadas, e ela achava que corria risco!

CHAPEUZINO: Pera ai, você não soube da fofoca???

BRANCA DE NEVE: O que aconteceu? Ah vamos, conta logo, sabe que sou doida por uma fofoca!! Aposto que é daquela sirigaita da Gata B...

CHAPEUZINHO: Branca, Branca! Você sabe que Cinderela não gosta que a chame de Gata Borralheira!

BRANCA DE NEVE: Há deixa pra lá. Continue...

CHAPEUZINHO: Onde está o príncipe?

BRANCA DE NEVE: Príncipe? Que Príncipe?

CHAPEUZINHO: O Príncipe Encantado. Seu marido.

BRANCA DE NEVE: Foi á caça! VAMOS CONTE!

CHAPEUZINHO: Eu falei com a Rapunzel Encantando e ela me disse que o seu Príncipe encontrou com o Príncipe da Cinderela que tinha passado pelo castelo da Feiurinha.

BRANCA DE NEVE: A Feiurinha! Há quanto tempo não vejo essa minha nobre amiga!

CHAPEUZINHO: Pois é, há muito tempo ninguém há vê! Ela sumiu, Branca!

BRANCA DE NEVE: Não acredito temos que fazer uma reunião!!! CAIO, LACAIO!!

CAIO, LACAIO: Sim, alteza.

BRANCA DE NEVE: Vá a todos os castelos e chame todas as minhas cunhadas! Rápido!

NARRADOR: Caio, lacaio voltou rapidamente, depois de pouco tempo foi apresentando:

CAIO, LACAIO: A senhora Cinderela Encantado!

BRANCA DE NEVE: Cinderela que bom que você veio! Que estranho, você também está grávida?

CINDERELA: Estou pro mês que vem !!

BRANCA DE NEVE: Que coincidência! Também o meu é para o mês que vem!

CINDERELA: Pois é. Na próxima semana vou fazer bodas de prata e o nenê vai nascer um pouco depois.

BRANCA DE NEVE: Outra coincidência!

CHAPEUZINHO: Só eu não vou fazer boda nenhuma .

CINDERELA: Infelizmente nossa historia tem algumas coincidências!
BRANCA DE NEVE: Pera ai, não me venha comparar as baboseiras de suas historia com as maravilhas da minha!

CIDERELA: É verdade, a sua historia só tem gente que tem mau gosto! Onde já se viu ficar morta anos e anos ao ar livre, depois vem o príncipe e beija uma defunta! Também o seu príncipe devia ser uma múmia, tudo combinando!

CHAPEUZINHO: Calma, meninas...

BRANCA DE NEVE: Mau gosto? Você sabe que os tempo das historias passam em um minuto é só virar a página.

CINDERELA: Mesmo assim é de muito mal gosto um defunto beijar outro! 

BRANCA DE NEVE: Ah é queridinha? E a sua historia? Quer mal gosto maior do que um príncipe experimentar um  sapatinho no chulé de todas as mulheres! Se estivesse apaixonado reconheceria o chulé da mulher que estava apaixonada.

CHAPEUZINHO: Chega meninas!!

PRINCIPE DE CINDERELA: Que falta de educação vocês duas, uma acha que a outra é uma defunta... Sendo que não é! E você Branca, (risadas) da onde já se viu um príncipe elegante como eu cheirar chulé? PELO AMOR DE DEUS!

NARRADORA: Há briga só parou na hora  que dona Rapunzel chegou com uma bolsa de gelo na cabeça, grávida e também iria fazer bodas de prata... E claro o detalhe principal aquelas tranças enormes, de metros de comprimento. O príncipe de Rapunzel logo sentou se e se apresentou a Branca, Chapéu e Cinderela.

PRINCIPE DE RAPUNZEL: Queridas princesas e Chapeuzinho... Que bom velas! Mas qual é o motivo dessa reunião tão rapidamente?

NARRADORA: Quando Branca iria responder, entra o príncipe encantado seu marido... Cheio de armas, voltando da caça! E ele logo diz:

PRINCIPE DE BRANCA: Olá pessoal, o Caio acaba de me informar essa reunião tão rapidamente!

BRANCA DE NEVE: Depois eu explico o motivo, agora... Rapunzel o que aconteceu??

RAPUZEL: O príncipe esquece a chave de casa todos os dias, e o castelo é muito alto... E eu? Eu tenho que jogar as minhas tranças enormes para ele subir... Diariamente!

NARRADOR: Com tanta faladeira Caio, o Lacaio entrou anunciando a entrada das outras princesas.

CAIO,LACAIO: Acaba de chegar Bela Adormecida, Dona Rousaflor Moura Torta Encantado, todas acompanhadas pelos seus príncipes!

NARRADORA: Todas chegaram grávidas e também iriam fazer bodas de prata, Bela Adormecida pegou a poltrona mais confortável e já começou a dormir como era de costume! Rousaflor Moura Torta se juntou as princesas... E de repente Caio anunciou a chegada da última princesa:

CAIO, LACAIO: A senhorita Bela- Fera Encantado, e seu príncipe!
NARRADORA: Bela chegou aos bocejos, e Rapunzel estranhou e perguntou:

RAPUNZEL:O que foi querida Bela, aconteceu algo de errado?

BELA-BELA E A FERA: É que eu não consegui dormir a noite toda, ontem foi noite de lua cheia! E claro que nessas ocasiões...  Meu marido tem saudades do tempo de Fera, e então passa a noite toda uivando para a lua!

ROUSAFLOR: Desse jeito seu príncipe vai acabar virando lobisomem!

BELA-FERA: Ele era lobisomem sua fofoqueira, fui eu quem o fiz voltar a ser príncipe!

ROUSA FLOR: Aquilo? Príncipe, não me faça rir!

BELA- FERA: Pelo menos, não fui eu que me casei com um príncipe que não via a menor diferença entre você e a Moura Torta!

ROUSAFLOR: Mulher de Lobisomem!

BELA-FERA: Bruxa! Horrorosa!

BELA ADORMECIDA: Calem a boca, estão atrapalhando meu sono!

RAPUNZEL: Agora ande Branca... Conte-nos o que esta acontecendo?

NARRADOR: Depois que todas as princesas estavam no castelo, Branca Encantado começou a falar sobre o desaparecimento de Feiurinha, e todos ficaram intrigados, tanto que o príncipe de Bela Fera falou:
BELA FERA: Que tal procurarem, por uma Fera? Claro... Ela pode esta querendo quebrar o feitiço! Ou querendo imitar minha história, ciumenta!

RAPUNZEL: Não esta vendo que o caso é sério? Sua história tem é muito mal gosto!

BELA FERA: Como é que é?...

ROSAFLOR MOURA TORTA: Calem a boca vocês duas!

BELA ADORMECIDA: Percebi que falta Feiurinha... Aliás, se falta alguém ou desapareceu uma princesa, isso quer dizer que... nosso encanto de viver feliz para sempre também poderá ser quebrado!

CINDERELA: Acho melhor nós investigarmos...

RAPUNZEL: Mas isso não é trabalho para nós, mas sim para alguém que nos inventa...!

BELA-FERA: Você tem razão... um autor!

NARRADORA: Depois de Caio, lacaio ter percorrido as ruas do Brasil, ele acaba em um pequeno apartamento de um autor brasileiro, Pedro Bandeira.

ESCRITOR: E você adivinhou, já que eu não tive escolha... os lacaios não acharam ninguém melhor, e me envolveram nessa enrascada, mas eu pesquisava e nada tudo que encontrava era assim “Feiurinha...? Nunca ouvi falar!”. Mas eu me senti feliz, ao ver aquelas princesas em minha casa!
PRINCIPE DE BELA ADORMECIDA: Nossa hoje é minha Boda de Prata! E eu vou ficar nesse minúsculo apartamento?

PRINCIPE DA RAPUNZEL: Já descobriu alguma coisa?

ESCRITOR: Nada...

NARRADORA: O autor, resolveu comprar champanhe e alguns tira-gostos para comemorar as Bodas de todas as princesas! Mas tinha animo?
Bela- Fera: Obrigada pela tentativa, nobre autor... mas o problema é que ninguém aqui tá com fome ou sede se quer! Todos queremos rever Feiurinha!

JERUSA: Feiurinha eu conheço, é a minha historia favorita que a vovó contava, não é tão linda?

BELA MOURA TORTA: A senhora conhece?

JERUZA: Claro, é tão doce e misteriosa não?

BELA-FERA: Então a senhora pode nos contar, se não for incômodo?

JERUSA: Mas é claro...Deixe-me pegar meu livro que a vovó me deu... Era um vez um lindo bebe que nasceu em uma vila, seus pais eram muito carinhosos com ela, mas em um dia três mulheres horrorosas tocaram a campainha para ver o lindo bebe , o pai da menina como era muito educado deixou as bruxas entrarem e elas transformaram os pais em pedras e levaram a menina. Pouco depois os pais voltaram ao normal mas sabiam que nunca mais encontrariam sua bela filha.
 Passaram-se algum tempo e a menina cresceu junto com as três bruxas Malvada, Ruim, Piorainda  e sua sobrinha Belezinha. A menina nunca tinha saído daquela casa isolada do mundo no meio da floresta só para ir ao rio pegar água.

BRUXA RUIM :Você é tão feia Feiurinha, tem cabelos macios em vês de cabelos crespos e espetado , tem dentes brancos e enfileirados em vês de dentes podres e tortos e amarelos.

BRUXA MALVADA: É verdade você é tão feia você tem um belo corpo em vês de ser gorda , é meiga e gentil em vês de mal educada!

JERUSA: Feiurinha ficava tão envergonhada, pois não sabia que era bonita na verdade!

BRUXA PIOR AINDA: E você nem tem nenhuma verruguinha sequer.

JERUSA: Isso é o que mais a chateava não ter nenhuma verruguinha. Todo dia ela que arrumava a casa e fazia tudo sozinha pois não podia sair da casa com as tias para ir ao vilarejo, porque achava que todas iam ficar enojados com sua feiura. Quando as tias saíam ela só tinha um amigo na casa : um bode feio que ia com ela para todos os lugares. Certo dia as bruxas saíram e ela e o bode foram ao lago para pegar água , chegando lá Feiurinha se olhou na água e falou com o bode:

FEIURINHA: Olha como sou feia! Queria ao menos ter uma verruguinha... Iria mostrar para elas que também posso ser bonita. Posso ser má e grosseira!
 Então Feiurinha começou a lavar a roupa . De repente uma fumaça envolveu o bode e ele virou um lindo príncipe , e falando com ela:

PRINCIPE DA FEIURINHA: Muito obrigado! Só uma pessoa bonita poderia me livrar desse encantamento que as bruxas me colocaram... Você não é feia , você e a pessoa mais linda que eu já vi!
FEIURINHA : Muito obrigada...Mas quem é você?

PRINCIPE DA FEIURINHA :Sou um príncipe , já que você me livrou do encantamento prometo me casar com você. Só vou no meu reino ajeitar as coisas e amanha venho te buscar.

BELA FERA: Nossa, então quer dizer que o príncipe dela também era um animal, e ela quebrou o feitiço? Bem que eu falei...

RAPUNZEL: Continue Jerusa, por favor!
 Feiurinha voltou para casa sem o bode, e todas as provocações que as bruxas tentaram fazer dessa vez não a atingiram então as bruxas começaram a desconfiar e uma delas perguntou:

BELEZINHA : Cadê o bode Feiurinha?

FEIURINHA: Bode? Que bode, não sei cadê o bode.

BELEZINHA: Você o libertou do encantamento não foi?

FEIURINHA: Como sabe? Não há encantamento nenhum bruxas!
 As bruxas bolaram um rápido plano para arrancar isso de Feiurinha e a enganar.

MALVADA: Pode nos contar Feiurinha...

PIORAINDA: Nos estávamos esperando por isso há anos , você liberado bode do encantamento que nossa prima malvada fez.

FEIURINHA: Ele falou que amanha vem me buscar e que vai se casar comigo.Mas porque não me contaram antes? 

RUIM:Não podíamos te contar se não , não ira funcionar o desencantamento , agora você pode virar uma de nós!

BELEZINHA: E só colocar esse manto encantado.
 Então Feiurinha colocou o manto mas não sabia que o manto faria ela virar uma bruxa, e só uma espada de prata cortando o manto ela poderia ser libertada desse corpo feio .Por fora era uma bruxa mas por dentro continuava a mesma menina linda de sempre. No dia seguinte como prometido chega o príncipe e todas as bruxas vão lá para fora e cada uma fala uma coisa:

RUIM: Eu sou sua princesa!Leve-me contigo

MALVADA :Não, eu que sou sua amada

PIOR AINDA: Não acredite nelas!Sou eu quem você ama!

BELEZINHA: Eu que sou sua princesa!

FEIURINHA: Eu que sou Feiurinha , acredite em mim , elas me transformaram em bruxa e só uma espada de prata pode me tirar desse encantamento.

PRICIPE DA FEIURINHA: Eu vou descobrir quem e a verdadeira Feiurinha e matar as outras!

BRUXA MALVADA:Isso , leve-me e mate as!

BRUXA RUIM: Não! Me leve com você e mate as outras!

BRUXA PESIMA: Não leve elas , mate as e me leve!

BRUXA BELEZINHA: Não, sou eu quem você quer , leve –me e mate as!!!

FEIURINHA: Me leve com você e poupe a vida delas elas já fizeram muita maldade mas não precisão morrer e sim de um castigo igual fizeram com você e comigo.
 Então o príncipe descobriu quem realmente era Feiurinha e quebrou o encanto , na mesma hora uma nuvem de fumaça apareceu ao redor das bruxas e de Feiurinha , fazendo as bruxas virarem flores podres e Feiurinha ficou linda novamente.Voltaram ao reino do príncipe e Feiurinha conseguiu ver seus pais depois de tanto tempo. Finalmente eles se casaram e viveram felizes para sempre!!!
 Fim!!!

BELA MOURA TORTA: Que linda a história da Feiurinha!

RAPUNZEL: É mesmo encantadora... pena que não é charmosa como a minha!

CINDERELA: Deixe de besteiras, a minha que é...

ROUSAFLOR, MOURA TORTA: Calem a boca, nós somos princesas, devemos nos comportar bem, certo? Vocês perdem a classe!

PRINCIPE DA BELA-FERA: Tem alguns detalhes parecidos com a minha história, mas a minha é muito mais bonita! Eu era um lobisomem, ele um bode...

 BELA-FERA: Pena que você como lobisomem era muito bravo e feio né? Mas tudo bem... que bom que Feiurinha tem uma história linda, como de todas nós!

ESCRITOR: É melhor eu começar a escrever a história da Feiurinha, todos vão amar, e sei que ela irá voltar por conta de ver tantos livros abrirem ao mesmo tempo, não é?

NARRADOR: Enquanto isso no castelo...

PRINCESAS: FEIURINHA!

BELA MOURA TORTA: Seja bem vinda ...!

BRANCA: Querida... você nos preocupou!

FEIURINHA: JÁ ESTA TUDO BEM! O AUTOR ME FEZ VOLTAR, foi tão bom ver aquelas crianças abrindo e lendo a minha história... não sei como gratificá-lo!

AUTOR: Que bom que eu fiz um bom trabalho, Feiurinha. Você é encantadora!
PRINCIPE DE BELA ADORMECIDA: E eu voltei com ela, estava sentindo falta da conversa com os outros príncipes!

PRINCIPE DE CINDERELA: E agente da sua!

PRINCIPE DE BELA ADORMECIDA: Mas onde vocês estavam?

PRINCIPE DE BRANCA: É verdade... vocês sumiram de repente!
FEIURINHA: Não foi bem assim, todos estavam esquecido de nós, por isso fomos trancados em uma maldição, que só depois de fazermos sucessos que poderíamos voltar, e assim aconteceu!

PRINCIPE DE MOURA TORTA: Que bom que a Jerusa conhecia a história, se não nunca mais iríamos ver vocês!

BELA- FERA: Feiurinha, minha amiga! Que saudade sua!

RAPUNZEL: Só você para sumir mesmo, viu! É tão simpática mas tão singela.

BELA-FERA: Querida, sei que você quer aproveitar a festa... mas se importa de me acompanhar um pouquinho?

BELA ADORMECIDA: Eu também quero saber de fofocas... ande me conte!

BELA- FERA: TÁ! Vamos lá! Como vocês já sabem, Chapeuzinho está sem um marido!

RAPUNZEL: Ah, eu fiquei sabendo... deixa eu dar minha opinião? Acho que devemos arrumar um noivo para ela! QUE TAL?

CINDERELA: Tomara que desencalhe!

BELA ADORMECIDA: Gostei da ideia! Vai lá!

FEIURINHA: Querida Chapeuzinho... fiquei sabendo que você continua encalhada!

CHAPEUZINHO: Pois é. Não aguento mais!

PRINCIPE DE BRANCA: Ela nunca vai arranjar um marido meu Deus!

RAPUNZEL: Temos uma novidade...

BELA-FERA: Achamos um bom... quer dizer... ai, tá um bom marido!

Chapéu: Queeeeeem?

BELA FERA: ESSE AQUI! CAIO, O LACAIO! É muito legal, apesar de não ser príncipe! Como você sabe, é um ótimo cidadão! Não é?

NARRADORA: CHAPEUZINHO NO COMEÇO NÃO ACEITOU, MAS DEPOIS ATÉ SE CASOU COM CAIO O LACAIO... E AS PRINCESAS GANHARAM BEBES MARAVILHOSOS... UM MAIS LINDO QUE O OUTRO!
E ASSIM ENCERRA A NOSSA HISTÓRIA, COM UM TCHAU DE TODOS, E DESSA VEZ UM FELIZ PARA SEMPRE!

TCHAUUU... E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE!